sábado, abril 29, 2006

Aulas de Francês

Primeiro passo em direção ao Norte, nosso norte.
Ontem fomos a casa da Beatriz, que espero se torne nossa melhor amiga nos próximos meses.

Ela foi a louca contatrada para o impossível: Precisamos falar francês ainda esse ano. Tá certo que um monte de gente disse que francês é melhor de aprender do que inglês, mas eu tb nunca gostei de inglês...

Teremos aulas duas vezes por semana. Acho que será uma overdose da língua, que segundo ela, é viciante. Faz sentido.

Bom, mas vamos a informações práticas. Na busca por aprender francês, chegamos a duas possibilidades: aprender em um curso e depois direcionar os estudos com uma prof particular ou cair direto em aulas particulares.

Na primeira alternativa existem poucas opções. A mais conhecida é a Aliança Francesa, que inclusive está com um curso dirigido às pessoas que vão passar pelo processo de imigração. O problema é o preço, comparado a carga horária. Com a mensalidade que eles cobram a gente se muda pra casa da nossa professora, com casa, comida e roupa lavada! ; )

Então, depois de muito conversar e fazer contas, começamos oficialmente - para nós - nossa Operação Quebecoatiara.

segunda-feira, abril 17, 2006

A Viagem antes da Mudança

Eu e Tati casamos, dois anos atrás.

Foi uma festa maravilhosa, muito melhor do que eu poderia ter imaginado. Aliás, eu nunca tinha imaginado uma festa de casamento. Isso foi tarefa para ela durante os sete anos que namoramos antes do grande dia. (Acredito que durante os 24 anos anteriores ao namoro também...) ; )

Bom, mas junto com as despesas do casamento, que não foram poucas, tivemos as despesas com a reforma da casa e com aquele milhão de coisas que você nunca imaginou que tivesse que comprar e que custam mais do que você esperava gastar. Como só é possível gastar o que se tem, a árvore que dá dinheiro lá perto casa adiantou o outono e ficou completamente sem folhas... Assim, nossa lua de mel foi curta - maravilhosa, mas curta - e não pudemos fazer a viagem que gostaríamos. Adiamos para dalí a uns dois anos, tempo para nos recuperarmos e planejarmos tudo. Vamos ver se você está prestando atenção: quando eu disse que casamos?

Pois é, estamos cumprindo o plano, a viagem está saindo do papel esse ano e lá para dezembro estaremos embarcando para a verdadeira lua de mel, como sempre sonhamos.
Eis que surge o processo de imigração. E as dúvidas:
- A viagem está no meio do caminho da imigração, porque nós não queremos deixar para aplicar somente quando voltarmos de lá, já que isso vai adiar em mais um ano todo o processo;
- Os gastos com a viagem, agora, podem fazer falta depois, porque aquela árvore que eu falei ainda tá se recuperando da colheita desses anos e o clima brasileiro não tá ajudando...

Isso nos deixou numa encruzilhada: fazemos a viagem como sonhamos ou gardamos o dinhiro para nossa chegada no Canadá?

Decidimos, pelo menos até agora, em não alterar nossos planos para esse ano, até porque não temos nada concreto ainda. Depois, essa viagem pode servir como um estágio, já que vai ser a primeira vez que terei contato com as temperaturas abaixo de zero.

Então pode ser uma boa oportunidade de experimentarmos a vida no frio, baseando ainda mais a nossa decisão. Não que eu ache que esse vai ser um problema maior quando estivermos em Quebec (já estou lá, percebeu?), mas é um bom pretexto para manter os planos de pé, né não?

Abraços,
Manu.

quarta-feira, abril 12, 2006

Chega o momento na vida de um homem...

"É preciso saber viver"
Por mais dúvidas que eu possa ter, argumentos que defendam a posição de manter a base achando que dias melhores virão estão cada vez mais raros...
E com base nesse espírito começo a pensar que o melhor pode ser mesmo arrumar as trouchas e pegar um Ita pro Norte. Pro extremo Norte. Essa é a idéia do ano. Seria a viagem para a Alemanha, que planejamos há tanto tempo, mas de semanas pra cá esse assunto perdeu o lugar nas manchetes... da mesa do café da manhã. Estamos realmente nos decidindo pela imigração, e esse será o assunto do blog. Portanto, se essa publicação chegar ao final do ano é porque realmente estaremos nos afastando de tudo o que conhecemos e vamos começar de novo em outro lugar.
Essa idéia, longe de parecer assustadora, é instigante. Assustadora é a possibilidade de não poder fazer isso se quizermos, ou seja, é a possibilidade de sermos recusados pelo processo.
Existem regras e pontuações para ser aprovado pelo processo de imigração, relacionados ao conhecimento do idioma, a formação acadêmica, experiência profissional. Um monte de variáveis. Mas eu não sei o que fiz na vida e o que estudei? Claro que sei. Mas sei disso com base nos padrões daqui, não dos de lá. E é aí que a coisa fica obscura. Pois um diploma de graduação aqui pode simplesmente não valer absolutamente nada lá, ou, comparando com a grade de lá, só vale metade. Então voltaremos à escola.

Sabe que eu tô gostando dessa idéia?

quinta-feira, abril 06, 2006

Oh, Dúvidas...

No início sempre é uma euforia, afinal não começamos um projeto achando que os obstáculos podem ser intransponíveis.
Acontece que tenho pesquisado quilometros de coisas sobre imigração, mais precisamente para Québec - Canadá. E estamos, eu e a Tati, pensando em entrar nesse trem. ela sempre quis morar fora, aliás já morou, mas eu confesso que nunca tive essa pretenção. Mas isso é assunto para um próximo post.
O que estou enfrentando agora é o medo de ter perdido o bonde. Explico:
Tenho visto muitos casais se aventurando no processo de imigração, cheios de sonhos e de esperanças de poder construir uma vida melhor, tanto para eles quanto para os eventuais herdeiros, mas não sei se tenho mais idade para isso. Afinal de certa forma tenho minha vida aqui no brasil - casa, carro, cachorros e trabalho - com moderada estabilidade. Obviamente não estou satisfeito (se estou pensando em ir para outro país...), mas o caso é que não sei se tenho tempo ainda para reconstruir a vida e chegar em um outro lugar e voltar para a universidade e esperar mais alguns anos para poder começar a planejar as coisas que eu queria fazer hoje se tivesse tempo e dinheiro.

Enfim, crise da meia idade...