quinta-feira, julho 21, 2016

Inevitável

Eu sou um cara abençoado.
Por mais que a gente reclame da vida, as duas coisas mais importantes para uma pessoa - saúde e família - sempre estiveram presentes na minha vida. Um contratempo aqui e acolá, certo, mas nada que não faça parte da caminhada.

Aqui no Canadá somos só eu, a Tati, Catarina, Thomas... e os cachorros.
O resto da família ficou no Brasil. De vez em quando a gente se encontra aqui ou lá, se fala no Skype, mata as saudades e bota a conversa em dia.
A família da Tati também ficou no Brasil. Já perdemos a companhia da Babi, querida, que foi peça importante em nossa transição na vida adulta e no surgimento dos Lermontov de Senna.
E da Dorinha, que não era minha madrinha (era a da Tati), mas foi a patrocinadora moral do nosso projeto de mudança, dez anos atrás, em 2006.

Uma perda é sempre uma dor. E embora você aprenda que isso faz parte da vida, você nunca está preparado para a próxima.

Mas sempre haverá uma próxima.

Troy e Mel fazem parte da nossa vida desde que nos casamos.
Foi o mais próximo de família que pudemos trazer conosco para o Canadá.

Eles estão com 12 anos e já mostram os sinais da idade avançada. o focinho branco, a menor mobilidade.

Hoje, Catarina viu a Mel com dificuldades de subir a escada, depois de um passeio matinal rápido. Percebendo que não lhes restam muitos anos, ela, pela primeira vez, realizou que podemos perdê-los mais cedo ou mais tarde. Conversamos sobre a inevitabilidade desse fato e ela, com uma lágrima, demonstrou o quão família os cães podem ser.

E, talvez, tenha mostrado o quão sensíveis e puras são as crianças.

Troy não vem se alimentando bem, ou quase nada, ultimamente.
Ainda é o cachorro forte de sempre, mas está magro. Marquei uma consulta no veterinário para segunda feira.

Serie "A Família" - Tomo I

"Família, família
Janta junto todo dia,
Nunca perde essa mania"

Durante muitos anos isso foi verdade lá em casa. Meu pai sempre saía de casa cedo e chegava somente no fim do dia. Minha mãe trabalhava tb o dia todo. Então o jantar era a refeição da família. O Jantar era a hora em que a gente colocava o assunto em dia, eles recebiam os relatórios de acompanhamento feitos por Tiata previamente, e então eu e as minhas irmãs recebíamos os elogios ou as críticas merecidas pelas ações do dia.

Quando fomos crescendo, essa era também a hora em que falávamos de assuntos diversos e discutíamos de tudo, com o tom de voz normal de quem está em pleno Largo da Carioca, pregando contra o capeta que existe no peito de todo pecador do centro da cidade. Essas discussões acaloradas moldaram a forma como eu gosto de defender meu ponto de vista de vez em quando, e as vezes os vizinhos poderiam mesmo achar que a gente estava se engalfinhando pelo chão da casa.

Mas essa foi, na verdade, a melhor lição de democracia que eu recebi. Ali éramos todos iguais e meu pai nos incentivava a expressar nossa opinião, por mais absurda que pudesse parecer. Sempre soubemos quem mandava na casa, embora eventualmente defendêssemos um golpe de estado familiar, prontamente debelado pelo ponto de vista politicamente correto do Sr. Senna.

Ainda hoje, com toda a distância e a dificuldade do dia a dia, cada vez que toca o telefone e é o meu pai, a Tati já sabe: Ihh, agora é pelo menos umas duas horas de telefone...

quarta-feira, junho 19, 2013

Catarse

Segundo a Wikipédia, Catarse é, "Sob a ótica da psicologia, o experimentar da liberdade em relação a alguma situação opressora."

Daqui de longe eu fico acompanhando as notícias do Brasil, todas as manifestações que começaram semana passada com o aumento da tarifa de passagem e culminaram na catarse do brasileiro com relação ao país.
Eu fui cara pintada, de organizar passeata e tudo. Era tesoureiro do Grêmio do Colégio São Vicente de Paulo em Niterói naquele tempo e já ali eu via que, da multidão que ia pra rua fazer passeata, uns 20, talvez 30% estavam interessados no movimento revolucionário que os livros de história contam. O resto estava aproveitando para matar aula e ir pra rua fazer o que bem entendesse, já que no meio da multidão sua mãe não ia te encontrar mesmo. Todo movimento de protesto em massa vai ter o bagunçeiro que está lá para só para se divertir. Ele não tem compromisso com nada, não está a serviço desse ou daquele partido, não são agentes infiltrados pela Rede Globo ou pela ABIN para desestabilizar o movimento. Não estou afirmando que esses personagens não existem, mas tenho a impressão que os idiotas que botaram fogo no carro do radialista no Rio de Janeiro não tem o menor compromentimento com qualquer organização opressora de direita ou de esquerda, são apenas idiotas irresponsáveis ignorantes desocupados, que viram na manifestação um escudo para a delinquência. Assim como em São Paulo, Em Fortaleza, em Brasília.

Mas lá em 1992, deu certo. Botamos o bloco na rua e derrubamos o então presidente Collor, num movimento que pouca gente achou que ia acontecer. Vitória! Por que não fazer de novo?
Motivo não falta.

O senhor Collor hoje é Senador e tem todos os privilégios de ex-presidente garantidos, mas o partido que era A esquerda na época está no governo faz dez anos. O país está em um grande momento econômico - é o que dizem os especialistas - e esse é o momento de investir no brasileiro, certo?

A Dílma acha que não.

Estamos gastando um rio de dinheiro com Copa do Mundo e Olimpíada, estamos até perdoando dívida de países da África! Mas eu não ví nenhuma reforma na educação (fora a de Juazeiro, que reduziu 40% do salário dos professores) nem na Saúde, nem a tal reforma política e tributária que nosso ex-presidente tanto palanqueou nos tempos em que o PT era de esquerda.
Daqui a cinco, dez anos ou sei lá quando, o dinheiro acaba, o ciclo começa de novo e ficou o que para o país, para o povo? Na hora que acabar o dinheiro, não tem bolsa-família, minha casa minha vida, nada disso. E também não vai ter hospital, escola, emprego.

Mas vai ter a Arena Pantanal para 43.600 pessoas, esse é o legado da Copa! R$ 519,4 milhões, em dados oficiais, lá em Cuiabá. Diz aí quantos times Mato Grosso tem na primeira, ou segunda, divisão?

A mídia e o governo dizem que ainda não entenderam o que os manifestantes estão querendo. Eu sei! Eles querem ser tratados como gente!

O aumento da passagem de ônibus foi só a gota d'água que faltava para entornar o caldo. Tem tanta coisa para reclamar e exigir que nem dá pra começar a listar. E nada como um evento internacional para dar a devida exposição.

sexta-feira, março 22, 2013

Então, e o Brasil heim?

As pessoas que me conhecem sabem que eu sou muito cético com relação a política. Acompanho as notícias do Brasil como acompanho as do Canadá, e político é tudo igual. Pra chegar no poder vai ter que fazer acordo com o diabo em algum momento, no Congo ou na Noruega. Aqui tem safado do mesmo jeito que tem no Brasil.

Aqui no Quebec descobriram uma rede de corrupção para obras públicas em que as empresas candidatas tinham que pagar uma propina para ganhar os contratos. coisa de 5%, por aí. Resolveram criar uma Comissão para investigar o assunto e descobriram um Quebecoduto que envolvia toda a hierarquia das prefeituras na região de Montreal.

No Rio de Janeiro, a chuva mata todo ano. Em Petrópolis, em Friburgo, Teresópolis, etc., todo ano desce água, lama, casas, gente. Aí a Dilma diz que tem que ser mais enérgico ao tirar o povo das áreas de risco. Ah tá, eles estão lá por opção...

Duas situações completamene diferentes, mas que envolvem ultimamente problemas de administração pública. Podia usar tantos outros exemplos. Aliás, o que não faltaria são exemplos.

Mas o que aconteceu depois?

Os prefeitos de Montreal e de Laval renunciaram. Na hora. Pediram desculpas e sumiram da mídia pra não piorarem as coisas. Ainda assim podem ser responsabilizados em eventuais processos.
Os prefeitos do Rio: uns foram presos, cassados, ou nem mesmo aconteceu nada. O que espanta é que todos juram de pé junto que são inocentes.

Sabe qual é a diferença? O que os políticos daqui tem que os do Brasil não sabem o que é?

Vergonha na cara.

Falta ao brasileiro vergonha na cara. Do deputado racista/homofóbico que se torna presidente da Comissão de Direitos Humanos, ao criminoso condenado pelo Supremo Tribunal que vira deputado e membro da Comissão de Constituição e Justiça, estamos lotados de exemplos de gente ruim, desonesta, cruel, que se perpetua na polítia brasileira porque não tem a menor vergonha de ser pego. Pode botar video, foto, gravação, mostrar cueca cheia de dinheiro e tal, ele sempre vai jurar que é inocente.

E dá certinho, porque o que não vai faltar é sem-vergonha pra votar nele na próxima eleição.

O Brasil é um vergonhoso país sem vergonha.

P.S. Se tá assim agora, imagina na Copa!

quinta-feira, março 21, 2013

E a neve, heim?

O inverno entre 2007 e 2008 foi marcado pela ENORME quantidade de neve que caiu.

A cidade ficou literalmente embaixo de neve. Mas a gente não tinha chegado ainda no Canadá - só chegamos no fim de maio, estrategicamente ;) - então não vivemos esse inverno na carne. Depois disso, tivemos invernos mais frios, mais curtos, mais cedo, mas nada de assustar. E não tenho saudade nenhuma do verão carioca que, esse sim, piorou bastante depois que viemos para as terras geladas no Norte.

Esse ano a gente tava no mesmo ritmo: tivemos neve em dezembro, nada demais. Mas daí caiu uma nevasca no fim do ano, umas duas em janeiro, e no fim do mês já tínhamos batido a média dos últimos anos. Até aí tudo bem, em fevereiro até deu uma esquentadinha, achamos que o inverno ia dar uma encurtada de novo.
Março se apresentou com 9C no primeiro fim de semna e a neve tava derretendo toda. Hora de guardar os skis e dar uma engraixada na bicicleta, né?

Não.

Desde a semana passada só cai neve. 30cm num dia, 10 no outro, aí mais 5 ou 6cm. E a gente cavando o carro todo dia. Aí de dia faz um baita sol e chega a 0C, começa derreter tudo de novo. A gente anda sem casaco. Vai acabar né?

Não, vai cair mais.

Essa noite a previsão é de 10cm. Amanhã mais 10cm durante o dia.

Não chamo de m&%$a branca como os outros, porque eu prefiro dez dias de neve que um de chuva, mas essa época do ano, quando as temperaturas começam a ficar mais altas, fica tudo meio lama, pesado para limpar e ruim de dirigir. É a parte do ano em que não dá pra fazer muita coisa de inverno mais e também não dá pra fazer nada de verão ainda. Muito chato.

Espero que abril seja mais quente, seco, ensolarado. Mas como a Tati diz "a gente pode até reclamar, mas não pode negar que é bonito."

Tá. Concordo. Mas já deu né?

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Quem é vivo sempre aparece!

Voltei!
Espero que para ficar.

Faz tanto tempo e tanta coisa mudou na nossa vida, e tantas vezes eu disse pra mim mesmo que voltaria, e tantas vezes mais eu ví vários assuntos que gostaria de postar aqui... mas não fiz.

Tantas vezes ouvi do meu pai que ele queria ter mais tempo para escrever sobre as memórias dele - e daríam um belo livro, ou dois! - que eu olhei para os meus próprios filhos agora e comecei a ter a mesma necessidade.

Acho que além de continuar com a missão desse blog, contar coisas do dia a dia da vida aqui seria uma ótima forma de me comunicar com a minha família, hoje e no futuro.

Muitas coisas vão aparecer por aqui, atualizações desses três anos de Canadá e muitas coisas mais. Se alguém ainda acompanha esse blog, pode cobrar. Eu agradeço a paciência.

Por enquanto, a música que me inspirou a voltar.

 "Cats in the Cradle" (Harry Chapin)

My child arrived just the other day
He came to the world in the usual way
But there were planes to catch and bills to pay
He learned to walk while I was away
And he was talkin' 'fore I knew it, and as he grew
He'd say "I'm gonna be like you dad
You know I'm gonna be like you"

And the cat's in the cradle and the silver spoon
Little boy blue and the man on the moon
When you comin' home dad?
I don't know when, but we'll get together then son
You know we'll have a good time then

My son turned ten just the other day
He said, "Thanks for the ball, Dad, come on let's play
Can you teach me to throw", I said "Not today
I got a lot to do", he said, "That's ok"
And he walked away but his smile never dimmed
And said, "I'm gonna be like him, yeah
You know I'm gonna be like him"

And the cat's in the cradle and the silver spoon
Little boy blue and the man on the moon
When you comin' home son?
I don't know when, but we'll get together then son
You know we'll have a good time then

Well, he came home from college just the other day
So much like a man I just had to say
"Son, I'm proud of you, can you sit for a while?"
He shook his head and said with a smile
"What I'd really like, Dad, is to borrow the car keys
See you later, can I have them please?"

And the cat's in the cradle and the silver spoon
Little boy blue and the man on the moon
When you comin' home son?
I don't know when, but we'll get together then son
You know we'll have a good time then

I've long since retired, my son's moved away
I called him up just the other day
I said, "I'd like to see you if you don't mind"
He said, "I'd love to, Dad, if I can find the time
You see my new job's a hassle and kids have the flu
But it's sure nice talking to you, Dad
It's been sure nice talking to you"

And as I hung up the phone it occurred to me
He'd grown up just like me
My boy was just like me

sábado, novembro 07, 2009

Vacinação H1N1

OI Gente!

Sei que estamos sumidos......muita coisa aconteceu e vamos colocar as novidades em dia....muitas por sinal.

Mas acho importante dar um aviso a galera de Gatineau que hoje eu tomei a vacina da gripe H1N1 sem nenhum problema no Hospital de Ottawa. É isso mesmo. Não fui para a loucura da fila de 6 horas no Promedade e ficar dependendo do Québec para isso. Graças a deus, pela proximidade da provincia de Ontario e um sistema de saude muito melhor, foi para o outro lado e em 3 minutos eu estava vacinada!!!! O que demorou mais foi ficar os 15 minutos de molho na sala de espera depois da vacina para ver se eu não passaria mal.

Segue aqui um link com a noticia das 2 novas unidades que estão dando a vacina. E podem ficar tranquilos. Não precisa mostar nenhuma identidade nem carteirinha de Assurance Maladie. Eu fui honesta e na entrada eu disse que eu era do QUEBÉC, e a resposta foi unânime: Nós não recusamos ninguém. Pode se dirigir para sala de vacinação!

É isso ai!

terça-feira, junho 23, 2009

Acampamento no Canadá

Uma das coisas que eu queria muito fazer por aqui era acampar. Gosto muito de camping e no Brasil conheci lugares fantásticos acampando. Com a oferta quase infinita de hoteis e promoções, camping deixou de ser uma opção barata de viagem e só acampa mesmo que gosta. Mas alguns lugares que a gente pode conhecer acampando hotel nenhum pode oferecer. É sem dúvida uma das formas mais gostosas de descarregar as tensões e esquecer um pouco do mundo civilizado e dos problemas que ele produz.
E aqui a gente pode fazer camping selvagem, coisa que no Brasil não dá. Ficar escondido no meio do mato fora de um camping oficial no Brasil é coisa de doido, ou de bandido. Como essa segunda classe é a que mais cresce por lá é melhor optar por áreas de camping fechadas, que oferecem, além da segurança, itens de conforto como banheiro e cozinha, que você não vai encontrar no meio da floresta.
É claro que existem regras para acampamento selvagem aqui e são bem diferentes que as do Brasil. E aqui tem também uma coisa que o Brasil não tem: urso.
Por isso a primeira coisa que fizemos foi agendar com o nosso amigo John, ainda no fim do inverno, um fim de semana para acamparmos, pois se existe alguém que conhece do assunto por aqui, é ele.
Fomos para a Réserve faunique La Vérendrye, que fica a umas duas horas daqui. Essa reserva é um mosaico de lagos e pequenos rios, então o plano foi fazer canoe-camping. A gente partiu de uma das sedes do parque, onde alugamos a canoa. Todo dia remamos para um lugar diferente onde montamos acampamento. Foram cerca de seis horas de canoa por dia, com dias lindos, como vcs podem ver nas fotos abaixo.


Na saída o dia estava nublado, mas foi até bom, porque não estava muito quente.


Eu e a Tati ficamos em uma canoa e o John na outra. Preciso perguntar quem foi que remou o fim de semana todo?


O parque. Remamos tres dias e cerca de 36Km. cruzamos com um grupo que tb estava fazendo canoe-camping e uns barcos de pesca. Mais nada!


O primeiro acampamento. Existem umas áreas que são preparadas para montar as barracas e são marcadas por placas que podemos ver de dentro do lago.


Vocês já viram os verdadeiros patinhos na lagoa?


Entre um lago e outro, existem pequenas corredeiras. Algumas podemos passar com os barcos...


... outras temos que carregar os barcos, pois não dá pra arriscar.


O segundo dia de acampamento. Veja que a fogueira é feita com lenha que eles deixam por lá, para que a gente não corte nada para fazer o fogo.


A vizinhança aqui é calma. Graças a Deus não encontramos nenhum urso, ou Racoon por aqui. Mas, por segurança, toda a comida é guardada fora das barracas, de preferencia pendurada em uma árvore. Até pasta de dente deve ficar longe da gente de noite.


A única coisa que senti falta na paisagem, é que as árvores não são frutíferas como no Brasil. Durante seis meses esse parque fica debaixo de neve, então não tem mangueira que resista! = )


A volta para casa. Foi um fim de semana perfeito e espero repetir por vários anos. Obrigado John por ter organizado essa aventura com a gente!

Abraços,

quarta-feira, maio 20, 2009

1 Ano de Canada ! Duas pessoas, duas visões..

Visão da Tatiana:

Pois é, como passa rápido. Faz um ano que chegamos aqui, mudando de mala e cuia da frente da praia para dentro do freezer! Fechamos um ciclo de nossa vida e começamos um novo, em terras desconhecidas. Muitas descobertas, muitas dúvidas, muita aprendizagem, muitas saudades.

Sinto muita falta da família, dos amigos, dos cachorros (Emanuel mais do que eu) e das coisas bem simples, como o pôr de sol e um chopinho na praia (ok, para quem me conhece, não bebo cerveja, mas o que quero dizer com isso é o momento, a fotografia, a "cena"), o requeijão, o vatapá, o churrasco brasileiro, a manicure e a depilação, entre outros. Das coisas simples sim, sinto falta, mas também posso viver muito bem sem elas. Porém, ainda não sinto falta nenhuma do resto do Brasil, da violência, das safadezas, do enorme congestionamento da Ponte Rio-Niterói, do trânsito, blá, blá, blá... Quem sabe um dia, mas por enquanto não.

Antes de imigrar líamos sempre em muitos blogs que o recém chegado sempre tem uma queda no seu padrão de vida comparado com a do Brasil. No nosso caso, graças a Deus, só posso dizer que melhorou. Conseguimos os nossos empregos num tempo razoável (tudo bem que o meu ainda não é permanente, mas eu chego lá), compramos um bocado de coisas que no Brasil a gente nem sonhava em ter, fomos a vários festivais e festividades, conhecemos cidades e restaurantes novos, recebemos visitas... tudo isso em um ano! Basta voltar e reler o blog do dia 20 de maio de 2008 até hoje.UFA! Só de ler isso tudo chega a cansar.

Num balanço geral, posso dizer que vivenciamos muitas coisas, experimentamos novos sentimentos e situações, das mais diversas possíveis e também fizemos muitos novos amigos! A comunidade brasileira aqui é grande e cresce a cada dia. Valeu pela amizade de vocês todos.

Já a língua, na minha opinião, não desenvolveu o tanto como gostaria. Isso não quer dizer que não melhorou, não. Melhorou sim, claro. Impossível não ter melhorado. Mas, aqui em Gatineau pelo fato de estarmos ao lado de Ottawa, o bilingüismo é muuuuito forte. Estamos sempre falando e escutando inglês e francês, principalmente em Gatineau. Se você começa a falar em francês e a pessoa não te entende direito ou você fala para ela repetir qualquer coisa, pronto, é o suficiente para trocar automaticamente de idioma. Com isso, acaba que você não fica estudando somente uma língua e evolui X, mas você fica estudando 2 línguas ao mesmo tempo, e a evolução é mais lenta. Por um lado isso é bom, vamos aperfeiçoando as duas línguas, mas por outro é ruim. Tudo é relativo. Depende do seu objetivo.

Novas emoções, desafios e planejamento virão. Estamos batalhando para conseguir tudo que planejamos antes de vir e se Deus quiser, com muita fé e com o nosso esforço, vamos conseguir. E que venha o segundo ano !!!

Visão do Emanuel:

A primeira coisa que me vem a cabeça é: "Como assim? Já faz um ano?"

Pois faz um ano que chegamos e acho que esse é o primeiro indicativo de que tudo, até agora, tem dado certo.

A adaptação foi relativamente fácil, mas penamos bastante nos primeiros dias com a falta de informação adequada para conseguirmos as coisas. Nesses dias pudemos comprovar o quão importante foi para nós a preparação que tivemos no Brasil, principalmente com as reuniões do grupo lá em Botafogo. Se posso dar um conselho para os que vêm é que não esperem que alguém faça o trabalho por vocês: corra atrás da informação que você precisa e não desista facilmente. Existem muitos serviços disponíveis para imigrantes aqui mas nada é de mão beijada. Não espere alguém te dizer aonde você deve ir e o que você deve fazer. Boa parte das coisas que conseguimos, mesmo no Carrefour de Imigração, foi porque chegamos lá com a informação na ponta da língua, eles não nos ofereceram nada além do básico. Mas isso não é uma crítica, pelo contrário: Lembre-se que eles estão lá para te dar apoio, não para te ensinar a viver.

De resto, a avaliação que posso fazer é mais ou menos igual a que muitos outros fazem depois de um ano:

Pros:

- Vivemos em uma cidade pequena, para padrões brasileiros. Escolhemos ter tranqüilidade para vivermos e acho que acertamos na mão. Estamos do lado da Capital Nacional, então não falta nada por aqui. Pode não haver a agitação de Montreal, mas se fosse pela muvuca, a gente tinha ficado no Rio...

- A vida é mais barata em relação ao Brasil, no fim das contas, demos um salto de qualidade que no Brasil levaria ainda alguns anos para conseguirmos.

- Conseguimos trabalho rápido e isso foi fundamental na nossa adaptação. Depois do terceiro mês aqui, o dinheiro parou de sair e começou a entrar.

- Quando alguém reclama que o transito aqui está ficando complicado, eu até concordo, mas digo que não tenho o direito de reclamar de um engarrafamento que dura cerca de meia hora. No Rio o transito daqui seria como ir pra rua durante um jogo de Copa do Mundo.

- Organização pública é uma das coisas que eu vou demorar a viver sem, se um dia voltar para o Brasil. A gente paga imposto, e paga bem pago aqui, mas você pode ver esse dinheiro voltando. Hoje eu estava voltando pra casa e passei por uma obra que está acontecendo numa das principais avenidas da cidade: estão recapeando a via faz uma semana e já estão quase na metade do caminho. A obra tem data para começar e acabar, e embora não seja perfeito, você vê a coisa acontecendo, não tem enrolação.

- Nunca fomos neuróticos com segurança - ou a falta dela - no Rio, embora isso estivesse começando a mudar. Mas aqui a gente pode andar relaxado na rua, não importa a hora ou o lugar. Tem violência? Tem. Tem assalto, furto, assassinato, como em todos os lugares do mundo. Mas aqui a gente tem polícia.

Contras:

- Saudade dos que deixamos no Brasil. A família, os amigos, meus cachorros! Já fizemos alguns amigos aqui, fora os brasileiros que conhecemos depois que chegamos. Muita gente bacana, algumas pessoas realmente fantásticas, mas tem muita gente no Brasil que a gente queria botar numa mala e trazer pra cá se pudesse.

- Embora a cidade seja pequena e o trânsito tranqüilo, eu não entendo como tem gente nervosa na rua. E como dirigem mal! Se tem dez vagas na frente de uma loja, pode ter certeza que a primeira pessoa que parar ali vai atravessar o carro no meio de duas ou mesmo três vagas, dane-se quem vier depois. Velocidade máxima aqui é somente uma sugestão, porque ninguém respeita. E olha que todo dia você pode ver polícia multando gente nas ruas.

- Ainda não tivemos nenhuma experiência concreta com o sistema de saúde, mas esse é o maior medo que temos por aqui. Vivemos na cidade com o maior tempo de espera por um atendimento de emergência em todo o Canadá. Simplesmente porque moramos na fronteira com Ontário, que paga melhor. Aqui até tem hospital, só que se você quebrar uma perna... basta dizer que a cidade tem 220.000 habitantes e dois ortopedistas. Dois.

- Corrupção não é privilégio de país em desenvolvimento. O prefeito de Ottawa está afastado, respondendo a um inquérito sobre corrupção no governo dele. O Primeiro ministro, no fim do ano passado, fechou o Parlamento para não perder a cadeira, já que queriam a cabeça dele por não estar fazendo nada de concreto para enfrentar a recessão. Ou seja, safado é o homem, não o brasileiro.

Bom, no fim das contas, aquilo que todo mundo já sabe: paraíso não existe em lugar nenhum. Mas você pode fazer do seu lugar o seu paraíso.

Um ano é pouco para dizer se o nosso paraíso está em algum lugar aqui do Canadá. Difícil dizer. Mas estamos felizes com a nossa escolha e, por enquanto, isso basta pra gente.

E você, está feliz com a vida que leva?

Beijos para todos!

sábado, maio 02, 2009

Festival de Tulipas

Todos os anos, no mês de maio, há o Festival de Tulipas em Ottawa.
No inicio da II Guerra Mundial, a Princesa Juliana (da Holanda) e sua familia se refugiaram no Canada, e depois de 5 anos, as tropas Canadenses llibertaram a Holanda do dominio Nazista. Durante a Segunda Guerra Mundial, a então Rainha da Holanda, foi obrigada a dar a luz aqui, a sua filha. Como nenhum membro da monarquia, para continuar a usufruir dos benefícios e direitos da nação, não pode nascer em outro solo senão o seu, o Primeiro Ministro do Canadá transformou uma ala do Hospital em solo holandês. Assim, a princesa pôde nascer holandesa, apesar de estar no Canadá. Em gratidao, em 1945, o povo Holandes enviou 100.000 bulbos de tulipas para o Canada e outros 20.000 foram adicionados pela família real. E para manter a amizade entre os dois paises, a Holanda continua mandando 20.000 bulbos de tulipas para o Canada (Ottawa) todos os anos, e assim foi criado o Festival.
Outra coisa interessante é que as tulipas são plantadas de verdade, o que significa, que o preparativo dessa festa inicia-se em outubro com a plantação dos bulbos… e só em Maio é que poderemos ver o resultado, pois as tulipas precisam de um tempo (o inverno) de hibernação.

Junto com as Tulipas, tem também o pavilhão internacional, onde vários países vendem comida típica do seu país. Claro que tive que experimentar algumas goluseimas.

É simplesmente maravilhoso. É um festival que tem a duração de 3 semanas, com várias programações culturais em toda parte da cidade. Imperdivel para quem está por aqui nessa época.

Mais fotos:

sábado, abril 18, 2009

Páscoa Ortodoxa

Este ano, uma semana depois da páscoa católica, celebrei a minha páscoa, a ortodoxa.

Todo ano eu ia a missa com minha avó. Lembrei muito dela e sei que, onde quer que ela esteja, ela ficou super feliz em saber que não deixei de ir essa ano. Achei a minha paróquia aqui no Canada, em Kanata mais precisamente e fomos. A missa começou a meia noite de sábado e deve ter acabado pelas 3 da manha, mas como Emanuel trabalhava no dia seguinte, saimos de la em torno das 1:30.

No sábado, eu passei o dia todo na cozinha fazendo o pão de páscoa russo e o doce de ricota que é tradição na páscoa ortodoxa. Mais uma vez a minha avó deve estar orgulhos de mim, pois foi a primeira vez que eu fiz a receita sozinha, sem a presença dela e com um desafio maior, com os produtos daqui.... isso foi uma outra novela. Passei semanas procurando as especiarias todas que se usa na receita. Infelizmente a ricota em si eu não pude fazer, pois aqui no Canada o leite natural, fresco, é proibido. Só se compra o pasteurizado por aqui. Então tive que ceder e comprei a ricota pronta. Isso pelo menos me poupou 1 semana da receita, pois não precisei fazer a ricota antes para usar. E posso dizer que acertamos, isso mesmo, acertamos, pois Emanuel não escapou dessa. Me ajudou e muito, cozinhando o tempo todo comigo. E o resultado foi maravilhoso. O Kulitchi (pão) e a Sirnaya Pasca (doce de ricota) ficaram muito gostosos. No domingo, depois da igreja, cedo pela manha, eu convidei uns amigos para tomar o café da manha de páscoa comigo e experimentarem a minha culinaria russa.

Confirmam as fotos!

Kulitich

Sirnaya Pascoa
Torta de Maça da Martha

A galera.......falta so um atrasildo, atrasado nessa foto...hehehe

sexta-feira, abril 10, 2009

Páscoa em Toronto

Aceitamos o convite da nossa amiga de Hamilton, a Michelle, e fomos passar a páscoa com a familia dela. Mas antes de chegar, fizemos uma parada estratégica em Toronto para conhecermos um pouco mais da cidade. Infelizmente, como era sexta-feira santa, a maioria dos lugares que queriamos conhecer estavam fechados. Então nos contentamos em conhecer o Eaton Centre e o downtown. Por incrível que pareça, o Toronto Eaton Centre é o ponto turístico mais frequentado de Toronto, atraindo cerca de um milhão de turistas por semana. É também um dos principais centros de compra da cidade.
Eaton Centre possui mais de 250 estabelecimentos comerciais e lojas de serviços, distribuídos por uma área de 150.000 metros quadrados. Gente, é muito grande, tem muita gente para todo lado, de tudo que é tipo de nacionalidade, pessoas nas ruas fazendo demonstrações das mais diversas. Bem, eu ainda não conheço New York, mas me senti como si eu tivesse por lá. A tarde, seguimos para casa da Michele e tivemos um fim de semana super tranquilo, bom para descançar. No sábado bem cedinho, fomos para o mercado amish chamado St. Jacobs, perto de Waterloo, Ontário. Para conseguir comprar alguma coisa, tem que chegar cedo. Nossa, o que é aquilo minha gente. O mercado é maravilhoso. Você encontra de tudo por lá, super fresquinho e saudável. Nós passamos a manha toda no mercado. Na proxima vez que eu voltar aqui, vou trazer uma bolsa térmica do tamanho do carro.
No domingo de páscoa fomos almoçar na casa da avó da Michelle, que tem 89 anos e fez todo sozinha, pois ela não aceita ajuda e ela é uma pessoa super ativa. Tão ativa, que passou o inverno trocando o piso da cozinha dela....sozinha....arrancando o piso, raspando o chão, lixando, colando as novas placas de piso, etc..... Eu não tenho idéia como ela conseguiu fazer isso! Uma lição para nós todos.

quinta-feira, março 12, 2009

O primeiro inverno a gente nunca esquece.

Hoje, pela primeira vez esse ano, eu andei em cima de um telhado. E então me dei conta que o inverno está realmente chegando ao fim.
Esse ano o inverno começou cedo, pois em outubro já tivemos a primeira tempestde de neve. Então era de se esperar que acabasse cedo também. É o que está acontecendo. Os telhados antes brancos de neve, já estão em vários bairros, descobertos e secos, assim como as ruas e calçadas, que antes eram uma coisa só e agora podem ser diferenciadas novamente.
Já existem até mesmo uns corajosos que já estão botando as bicicletas para fora e indo pro trabalho pedalando. Meio surreal isso, mas a 4 ou 5 graus positivos, a gente já sente um gostinho do verão que tá chegando...


quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Compramos um carro!

Depois de uma semana longa de tensão, conseguimos comprar o nosso segundo carro. Depois de pesquisarmos o carro exato que queríamos (um 4x4 pequeno), Emanuel aproveitou os dias de pouco trabalho para procurar o carro.

Uma das razões de termos um segundo carro, além das óbvias, é que como Emanuel trabalha como autônomo e usa o carro para o trabalho, ele pode usar as despesas que tem com o veículo como desconto de imposto. Mas, como o carro é um só, assume-se que ele serve também como carro pessoal, o que é verdade, mas aí o desonto é só de 30%. Então, fazendo as contas, ter dois carros não vai sair tão mais carro assim.
Bem que tentamos comprar o carro novo, na agência, porque eles estão oferecendo um financiamento sem juros. Pelo menos é o que eles contam, mas como aprendi com uma brasileira amiga minha aqui de Gatineau, os juros já estão embutidos. Ainda assim a tentação é grande, pois as prestações são fixas, podendo-se pagar em 1 a 5 anos. Infelizmente por termos pouco tempo de Canada, não tivemos histórico de crédito suficiente para sermos aceitos nessa proposta, e, para pagar juros, preferimos não investir em carro 0Km. Nessa hora descobrimos também que Emanuel na realidade não tem histórico nenhum aqui, pois como eu sou a principal da conta corrente e do cartão de crédito, quem faz o histórico sou eu, e não os dois! Foi bom sabermos disso, pois agora que ele abriu a conta dele, ele vai poder começar o histórico dele.
Fomos então pedir um crédito no banco onde temos conta e como o nosso histórico com o banco é muito bom, a gerente nos deu o dinheiro com 5% de juros anuais. Podemos ir pagando de volta ao banco o quanto quisermos por mês e por quanto tempo quisermos. Ou seja, quanto antes pagarmos o carro, menos juros pagamos. Agora é trabalhar muito para pagarmos o nosso segundo filho, pois carro é uma despesa só. Vem o seguro, registro na SAAQ (o Detran daqui), pneu de inverno, gasolina, oficina, etc.
Mas mesmo assim estou super feliz, pois agora quando o maridão estiver trabalhando nos finais de semana eu posso sair para resolver as minhas coisas!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Um pacote surpresa

Hoje eu tive uma surpresa muito agradável. Cheguei do trabalho e passei na caixa do correio, que fica do outro lado da nossa rua. Recebi um pacote, mas achei esquisto, pois não estava esperando nada do Brasil. Pelo menos nada que eu soubesse.

Entrando em casa eu abri o pacote e tive a agradável surpresa de receber a minha carteira de volta! É isso mesmo. Minha linda carteira (com cara de quem acabou de chegar da 2a guerra mundial) com todos os meus documentos, cartões de créditos, cartões do banco, fotos, santinhos, medalinhas da sorte, etc. A única coisa que faltava era mesmo os $5,00 dolares que tinha dentro e uma nota de U$1,00 da sorte, que recebi de um turista no Brasil, todo dobrado em origami, em formato de uma flor.

Fiquei muito feliz em reaver todos os meus pertences. Apesar de ter tirado uma segunda via de todos os documentos e cartões, as coisas pessoais eram impossíveis de serem repostas.

Junto com a carteira tinha uma carta do Canada Post, dizendo que acharam a carteira dentro de uma caixa do correio deles e, como não tinha endereço para ser enviado e tinham os meus documentos pessoais dentro, eles tiveram a cortesia de me enviar de volta, sem custo algum!

Nossa! Só aqui mesmo. O ladrão foi muito gentil em não jogar fora minha carteira numa lata de lixo e sim, de jogar dentro de uma caixa de correio do Canada Post. E esse mais gentil ainda em devolvê-la sem custo algum. Tudo bem que quase 2 meses depois, mas o que importa que tenho meus pertences de volta. Isso foi a melhor parte!

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

OPS!

Ops....esquecemos de postar que tivemos em Ville de Québec com minha mãe e Adélia.

Depois de Montreal pegamos a estrada e fomos a cidade do Québec. A cidade localiza-se no sudeste da província, às margens do Rio São Lourenço, a aproximadamente 180 quilômetros nordeste da maior cidade da província, Montreal. A cidade propriamente dita tem cerca de 508 mil habitantes, com aproximadamente 690 mil habitantes vivendo na zona metropolitana da cidade de Quebec. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quebec_(cidade)
A cidade possui arquitetura tipicamente francesa notadas no imenso hotel Château Frontenac, no Morro do Parlamento (Colline parlementaire), além do belo Parc des Champs-de-Bataille e da sua Catedral Notre-Dame de Québec. Outras belezas da cidade são as Cataratas de Montmorency, a tradicional muralha de Citadelle, a avenida Grande-Allée, e o Hôtel de glace - um hotel de gelo. (fonte: http://www.mundi.com.br/Turismo-Quebec-266432.html#)Encontramos la com a Luciene e o Claudio, Michelle e Luiz Fabiano (todos de Montreal) e com a Barbara e o Leo (Gatineau). Passamos o Ano Novo com um grupo grande de brasileiros de Québec, amigos da Barbara. Foi uma farra muito legal. E posso dizer que foi o maior frio que eu passei até hoje !!!Aporveitamos e fomos ver o Hotel de Gelo. Ele ainda não estava pronto, mas deu para ter um gostinho do que estava por vir.
Curtam mais algumas fotos...(colocarei mais em breve)
Hotel Château Frontenac
Os elevadores de ouro do Hotel
Um dos quartos - visita guiada
O telhado do Hotel