Essa semana foi dedicada a procura do apartamento e pedir a tradução da nossa carteira de motorista na embaixada. Quando você aprende a dirigir aqui, você recebe uma carteira provisória, que só permite dirigir em companhia de uma pessoa que tenha a carteira definitiva e mesmo assim não pode andar em estradas federais. Como já dirigíamos no Brasil, nossa experiência é valida para tirarmos a licença definitiva aqui, mas para isso devemos traduzir nossa carteira de motorista, o que pode ser feito na embaixada. Custa CAD 18.00 e você deve levar a carteira e o passaporte com visto de residente. Deixamos lá na quinta passada e pegamos na quarta-feira dessa semana. Agora precisamos marcar nossas provas. Parece que será difícil, já que todos deixam para fazer essas provas agora no verão.
A procura do apartamento foi um caso a parte, Como disse antes, estou fazendo um post só para esse assunto. Depois de procurar muito, conseguimos fechar o aluguel na quinta-feira para a mudarmos no domingo. Como seria meio apertado, resolvemos alugar um carro para a mudança, já que precisaríamos levar nossas malas e mais algumas coisas que compramos para podermos sobreviver aos primeiros dias no apartamento vazio. Fizemos um levantamento das medidas do apartamento e fomos para a IKEA fazer compras. Durante todos esses dias andamos em vários lugares e sempre ficamos de olho em móveis e coisas para a casa, em lojas de usados inclusive, mas nunca encontramos nada que valesse realmente a pena. Os móveis novos com preço mais acessível, são todos de péssimo acabamento e de gosto questionável, no melhor estilo Casas Bahia. Sem preconceitos, mas não gasto meu dinheiro suadinho nisso. É claro que encontramos coisas bonitas e de qualidade, mas para isso precisaremos trabalhar uns anos ainda. De todos os lugares que fomos, a IKEA foi de longe a melhor. Na verdade a nossa TOK-STOK brasileira é uma cópia mal feita da IKEA, porque aqui os móveis são extremamente mais baratos e de melhor acabamento. Claro que não serão para a vida toda, mas dá tranquilamente para montar sua casa todinha lá, se você precisar.
Fomos com uma lista do que precisaríamos comprar e passamos o dia inteiro lá. Resolvemos comprar tudo de uma vez porque eles cobram um frete de CAD 60.00 pela entrega de até 11 ítens, se não me engano. Então, para pagar um frete só, compramos tudo de uma vez. Trouxemos as pequenas coisas e um futon para dormirmos os primeiros dias, até a entrega dos nossos móveis, na segunda-feira seguinte.
Essa é, para mim, a parte mais divertida de toda essa aventura. Mobiliar o apartamento novamente, embora seja um pouco doloroso, pois a gente gasta um bocado e a maioria dessas coisas a gente já tinha no Brasil, é divertido e eu curto bastante. A Tati é mais estressada e acaba não aproveitando tanto, mas sabíamos que ia ser assim, então temos mais é que relaxar.
Foi ótimo ter o carro nesses dias, pois compramos tudo o que seria maior e mais difícil levar depois. Além da IKEA, os melhores amigos do imigrante aqui são a Canadian Tire, Zellers, Dollarama e suas filiais genéricas, Wall Mart e Rona! Compramos desde panelas a tapetes nesses lugares. A Sears tb é um bom local, mas os preçao são maiores lá. O John também nos emprestou boa parte da mobília que precisávamos e vários utensílios de cozinha. Ele tem sido o nosso anjo aqui, sempre disposto a ajudar. No último dia lá no apartamento da Rue Hadley, a Johanne e a Margeritte também nos deram várias coisas, inclusive uma televisão, que ficamos de devolver quando não precisarmos mais, para que elas possam emprestar para outra pessoa.
Com a quantidade de dinheiro que já gastamos, acho que vai demorar para elas verem essa TV de novo...
Seguem mais fotos da região
sexta-feira, maio 30, 2008
sexta-feira, maio 23, 2008
A Primeira Semana
Nossa chegada em Ottawa foi tranquila. Da janela do avião pudemos dar, pela primeiríssima vez, uma olhadela geral na região que escolhemos para morar. Ottawa é uma cidade de mais ou menos 800 mil habitantes. A região Metropolitana, que engloba Gatineau e outros municípios próximos, tem pouco mais de um milhão de pessoas. É a quarta região em numero de habitantes de um país com 30 milhões de canadenses. Cidade plana, sem montanhas e sem muitos prédios altos, fazendo com que a se espalhe por uma área bem grande. Assim também é Gatineau, do outro lado do Rio Outaouais (pronuncia-se Útoué). Aqui vc vê apenas uma meia dúzia de prédios altos, mais até que os de Ottawa. São todos do governo federal, que é o grande empregador da região.
Na chegada, o John, amigo da Tati, estava nos esperando. É muito mais tranquilo saber que tem alguém te esperando do outro lado, pronto para te ajudar nesse início de vida. E, como as esteiras do aeroporto de Ottawa são no salão principal, precisamos de ajuda ali mesmo! Afinal, eram seis malas enormes, mais duas malas pequenas e duas mochilas.
Como não podíamos ser excessão, uma mala ficou em Toronto e tivemos que fazer uma reclamação, para que procurassem nossa mala. Nada demais, na verdade eram muitas malas e o avião, pequeno. Ela viria em um vôo mais tarde e ficaram de entregar para nós. Como nesse primeiro dia ficaríamos na casa do John, demos o endereço dele. Entregaram mesmo, mas só às 22:00h!
No caminho do aeroporto para a casa do John, ele foi nos mostrando um pouco da cidade. É uma cidade bonita e organizada, com muitas árvores e centenas de quilômetros de ciclovias. Alguns amigos que estiveram por aqui nos disseram que é a cidade mais limpa do Canada.
Nesse primeiro dia fomos somente conhecer a casa que alugamos para esses primeiros dias e deixar lá nossas malas grandes. Depois ficamos com o John, conversamos muito e fomos dormir. Um tempo para recarregarmos as energias para os dias que viriam depois.
No resto dessa primeira semana nossas atenções foram voltadas para arrumar a casa que ficaremos nesses quinze dias, dar entrada nos documentos necessários e procurar um apartamento para morar.
A primeira aventura foi ir ao mercado que fica mais perto de casa, há uns 20 minutos de caminhada. Melhor nos acostumarmos logo, pois não teremos carro por enquanto. Supermercados são praticamente iguais em todo lugar do mundo. A novidade aqui são os produtos, pois não conhecemos marcas ou mesmo o que são algumas das embalagens que encontramos lá. Bem divertido, mas um pouco angustiante. Perdemos um bom tempo escolhendo o que levar.
Os documentos que precisaremos aqui são:
- NAS (Número de Seguro Social, equivalente ao CPF). Esse número é o mais importante aqui no Canadá, vc só o recebe uma vez na vida e não pode cancelar nem pedir outro. Tanto assim que todos aconselham vc a decorar o mesmo e nunca sair de casa com o cartão, pois se alguém mal intencionado tiver acesso ao seu número vc pode ter uma enorme dor de cabeça,
- Carte D'Assurance Maladie ou Carte Soleil, como chamam aqui no Quebec (O cartão do Sistema Público de Saúde). No Canadá, a saúde é custeada pelo governo, e planos de saúde só podem existir para as especialidades que o governo não cobre, como Oftalmologia e Odontologia, por exemplo.
- Carte de Resident Permanent (a nossa identidade, que comprova que somos residentes permanentes aqui no Canadá). Esse vc dá entrada já no aeroporto e recebe, pelo correio, umas quatro semanas depois, mais ou menos,
- Carteira de Motorista Canadense. A carteira internacional oficialmente não é aceita no Canadá, mas com a carteira brasileira podemos dirigir aqui por três meses, e isso vale também para que tem visto de turista. Depois disso, temos que ter a carteira daqui.
Todas as informações necessárias para esses documentos a gente consegue no MICC (Ministério da Imigração e Comunidades Culturais). Lá somos recebidos por um funcionário que será, dali pra frente, nosso contato e conselheiro em todos os assuntos que precisarmos, desde tirar esses documentos até para elaboração de um planejamento para nossa vida no Canadá. Eles dão um suporte importante nesses primeiros meses, já que não conhecemos ninguém nem sabemos direito como as coisas funcionam.
Nos dias seguintes, fizemos o reconhecimento da área perto de casa, já procurando anúncios de apartamentos para alugar, compramos mapas da região, tickets de ônibus com o guia das rotas de todas as linhas da cidade e guarda-chuva, já que o tempo aqui é bem instável nessa época.
Na sexta feira fomos visitar alguns apartamentos, mas isso tratarei em um post a parte. No sábado fomos comprar nossas bicicletas, nosso meio de transporte pelo menos enquanto durar o verão. O John nos levou em várias lojas de material esportivo usado, que são muito comuns por aqui. Vimos várias bicicletas e gostamos de duas, da mesma loja. Compramos e deixamos lá para fazerem alguns ajustes. Pegaremos na segunda-feira.
Bom, essa foi nossa primeira semana aqui no Canadá. Enquanto tivermos assunto, vamos tentar manter um post semanal com as notícias mais interessantes.
Agradecemos as muitas e muitas mensagens recebidas nesse período, pois essa força é muito importante para nós aqui.
Abraços e até a próxima.
Algumas fotos da região
Na chegada, o John, amigo da Tati, estava nos esperando. É muito mais tranquilo saber que tem alguém te esperando do outro lado, pronto para te ajudar nesse início de vida. E, como as esteiras do aeroporto de Ottawa são no salão principal, precisamos de ajuda ali mesmo! Afinal, eram seis malas enormes, mais duas malas pequenas e duas mochilas.
Como não podíamos ser excessão, uma mala ficou em Toronto e tivemos que fazer uma reclamação, para que procurassem nossa mala. Nada demais, na verdade eram muitas malas e o avião, pequeno. Ela viria em um vôo mais tarde e ficaram de entregar para nós. Como nesse primeiro dia ficaríamos na casa do John, demos o endereço dele. Entregaram mesmo, mas só às 22:00h!
No caminho do aeroporto para a casa do John, ele foi nos mostrando um pouco da cidade. É uma cidade bonita e organizada, com muitas árvores e centenas de quilômetros de ciclovias. Alguns amigos que estiveram por aqui nos disseram que é a cidade mais limpa do Canada.
Nesse primeiro dia fomos somente conhecer a casa que alugamos para esses primeiros dias e deixar lá nossas malas grandes. Depois ficamos com o John, conversamos muito e fomos dormir. Um tempo para recarregarmos as energias para os dias que viriam depois.
No resto dessa primeira semana nossas atenções foram voltadas para arrumar a casa que ficaremos nesses quinze dias, dar entrada nos documentos necessários e procurar um apartamento para morar.
A primeira aventura foi ir ao mercado que fica mais perto de casa, há uns 20 minutos de caminhada. Melhor nos acostumarmos logo, pois não teremos carro por enquanto. Supermercados são praticamente iguais em todo lugar do mundo. A novidade aqui são os produtos, pois não conhecemos marcas ou mesmo o que são algumas das embalagens que encontramos lá. Bem divertido, mas um pouco angustiante. Perdemos um bom tempo escolhendo o que levar.
Os documentos que precisaremos aqui são:
- NAS (Número de Seguro Social, equivalente ao CPF). Esse número é o mais importante aqui no Canadá, vc só o recebe uma vez na vida e não pode cancelar nem pedir outro. Tanto assim que todos aconselham vc a decorar o mesmo e nunca sair de casa com o cartão, pois se alguém mal intencionado tiver acesso ao seu número vc pode ter uma enorme dor de cabeça,
- Carte D'Assurance Maladie ou Carte Soleil, como chamam aqui no Quebec (O cartão do Sistema Público de Saúde). No Canadá, a saúde é custeada pelo governo, e planos de saúde só podem existir para as especialidades que o governo não cobre, como Oftalmologia e Odontologia, por exemplo.
- Carte de Resident Permanent (a nossa identidade, que comprova que somos residentes permanentes aqui no Canadá). Esse vc dá entrada já no aeroporto e recebe, pelo correio, umas quatro semanas depois, mais ou menos,
- Carteira de Motorista Canadense. A carteira internacional oficialmente não é aceita no Canadá, mas com a carteira brasileira podemos dirigir aqui por três meses, e isso vale também para que tem visto de turista. Depois disso, temos que ter a carteira daqui.
Todas as informações necessárias para esses documentos a gente consegue no MICC (Ministério da Imigração e Comunidades Culturais). Lá somos recebidos por um funcionário que será, dali pra frente, nosso contato e conselheiro em todos os assuntos que precisarmos, desde tirar esses documentos até para elaboração de um planejamento para nossa vida no Canadá. Eles dão um suporte importante nesses primeiros meses, já que não conhecemos ninguém nem sabemos direito como as coisas funcionam.
Nos dias seguintes, fizemos o reconhecimento da área perto de casa, já procurando anúncios de apartamentos para alugar, compramos mapas da região, tickets de ônibus com o guia das rotas de todas as linhas da cidade e guarda-chuva, já que o tempo aqui é bem instável nessa época.
Na sexta feira fomos visitar alguns apartamentos, mas isso tratarei em um post a parte. No sábado fomos comprar nossas bicicletas, nosso meio de transporte pelo menos enquanto durar o verão. O John nos levou em várias lojas de material esportivo usado, que são muito comuns por aqui. Vimos várias bicicletas e gostamos de duas, da mesma loja. Compramos e deixamos lá para fazerem alguns ajustes. Pegaremos na segunda-feira.
Bom, essa foi nossa primeira semana aqui no Canadá. Enquanto tivermos assunto, vamos tentar manter um post semanal com as notícias mais interessantes.
Agradecemos as muitas e muitas mensagens recebidas nesse período, pois essa força é muito importante para nós aqui.
Abraços e até a próxima.
Algumas fotos da região
quarta-feira, maio 21, 2008
Chegamos Bem
Chegamos!
Não é que o Canadá existe mesmo!
A viagem foi boa... Fizemos nossas reservas com mais de três meses de antecedência e pedimos assentos na janela e na primeira fila, que tem mais espaço. Mas no nosso lugar colocaram uma mãe com duas crianças, porque na primeira fila um berço pode ser acoplado a parede da frente. Na outra janela tb tinha uma mãe e um bebê. Nada contra crianças, mas deu um desânimo quando a gente imaginou passar dez horas ali no meio... No final deu tudo certo e elas nem fizeram tanto barulho assim.
O avião é novinho, com uma tela LCD individual para cada assento, com boa programação e uma tomada para vc ligar o Notebook. Mas a poltrona... é terrível. Pequena, desconfortável e não reclina direito! Não tem diferença da primeira para as outras filas porque não estávamos na saída de emergência. Quem me conhece sabe que não tenho dificuldades para dormir. E também estávamos cansados da correria das últimas semanas, mas eu simplesmente não dormi quase nada.
Em Toronto, toda a rotina que vcs já sabem: imigração, malas, conexão para o destino, que no nosso caso era Ottawa. Mas temos três dicas para dar:
Quando vc ainda estiver no Brasil, pode ser que a companhia aérea etiquete a sua bagagem só até Toronto, dizendo que vc vai ter que retirar tudo lá por causa da Imigração. Está errado! Se suas malas forem etiquetadas até o seu destino final, vc faz o check-in em São Paulo e já embarca com a passagem da conexão na mão. Em Toronto, vc só precisa pegar as suas malas e, no momento em que vc sair da área de desembarque, tem uma esteira para vc despachar as suas malas novamente sem ter que fazer um novo check-in. Nesse momento vc já fez a imigração e é só pegar o vôo. Se faltar pouco tempo, vc não corre o risco de perder a conexão.
O Goods to Follow, que é a declaração que vc faz dos bens que deixou no Brasil e que pode, eventualmente, querer levar para o Canadá. É importante entregar isso para não ser taxado depois e deve ser entregue depois que vc sai da imigração e pega suas malas. Mas ninguém te explica direito onde vc deve deixar esse documento e ninguém te pede ele. Quando nos demos conta disso, corremos atrás e fomos orientados a procurar uma sala da Canada Custom, a aduana canadense, onde pudemos entregar o documento e ficamos com uma cópia autenticada. Mesmo que eles percam o dito cujo, temos uma cópia conosco.
Quando saírem do avião, em Toronto, deixem as câmeras preparadas, porque é logo aí na saída que vc encontra a placa Welcome to Canada! Vc tem que ter uma foto dessa placa pra mandar pros amigos! Não precisa sair com pressa, porque dificilmente tem muita gente na imigração, especialmente se vc chegar de manhã, como é o caso do vôo que vem do Brasil.
Agora começa de verdade o nosso processo de imigração, somos oficialmente imigrantes!
A vida em seis malas
O por-do-sol no Galeão.
Chegamos!
As malas também!
Aqui demos entrada no Goods to Follow
Aeroporto de Ottawa
Esse foi o avião que nos levou de Toronto a Ottawa. Dez vezes mais confortável que o primeiro avião. Também pudera, é Brasileiro!
Não é que o Canadá existe mesmo!
A viagem foi boa... Fizemos nossas reservas com mais de três meses de antecedência e pedimos assentos na janela e na primeira fila, que tem mais espaço. Mas no nosso lugar colocaram uma mãe com duas crianças, porque na primeira fila um berço pode ser acoplado a parede da frente. Na outra janela tb tinha uma mãe e um bebê. Nada contra crianças, mas deu um desânimo quando a gente imaginou passar dez horas ali no meio... No final deu tudo certo e elas nem fizeram tanto barulho assim.
O avião é novinho, com uma tela LCD individual para cada assento, com boa programação e uma tomada para vc ligar o Notebook. Mas a poltrona... é terrível. Pequena, desconfortável e não reclina direito! Não tem diferença da primeira para as outras filas porque não estávamos na saída de emergência. Quem me conhece sabe que não tenho dificuldades para dormir. E também estávamos cansados da correria das últimas semanas, mas eu simplesmente não dormi quase nada.
Em Toronto, toda a rotina que vcs já sabem: imigração, malas, conexão para o destino, que no nosso caso era Ottawa. Mas temos três dicas para dar:
Quando vc ainda estiver no Brasil, pode ser que a companhia aérea etiquete a sua bagagem só até Toronto, dizendo que vc vai ter que retirar tudo lá por causa da Imigração. Está errado! Se suas malas forem etiquetadas até o seu destino final, vc faz o check-in em São Paulo e já embarca com a passagem da conexão na mão. Em Toronto, vc só precisa pegar as suas malas e, no momento em que vc sair da área de desembarque, tem uma esteira para vc despachar as suas malas novamente sem ter que fazer um novo check-in. Nesse momento vc já fez a imigração e é só pegar o vôo. Se faltar pouco tempo, vc não corre o risco de perder a conexão.
O Goods to Follow, que é a declaração que vc faz dos bens que deixou no Brasil e que pode, eventualmente, querer levar para o Canadá. É importante entregar isso para não ser taxado depois e deve ser entregue depois que vc sai da imigração e pega suas malas. Mas ninguém te explica direito onde vc deve deixar esse documento e ninguém te pede ele. Quando nos demos conta disso, corremos atrás e fomos orientados a procurar uma sala da Canada Custom, a aduana canadense, onde pudemos entregar o documento e ficamos com uma cópia autenticada. Mesmo que eles percam o dito cujo, temos uma cópia conosco.
Quando saírem do avião, em Toronto, deixem as câmeras preparadas, porque é logo aí na saída que vc encontra a placa Welcome to Canada! Vc tem que ter uma foto dessa placa pra mandar pros amigos! Não precisa sair com pressa, porque dificilmente tem muita gente na imigração, especialmente se vc chegar de manhã, como é o caso do vôo que vem do Brasil.
Agora começa de verdade o nosso processo de imigração, somos oficialmente imigrantes!
A vida em seis malas
O por-do-sol no Galeão.
Chegamos!
As malas também!
Aqui demos entrada no Goods to Follow
Aeroporto de Ottawa
Esse foi o avião que nos levou de Toronto a Ottawa. Dez vezes mais confortável que o primeiro avião. Também pudera, é Brasileiro!
domingo, maio 18, 2008
As últimas semanas de Brasil
Dentro do planejamento de um imigrante você sempre encontra uma lista. Um bloquinho, um caderno, uma planilha Excell, não interessa a forma, tem sempre uma lista de coisas que vc não pode deixar de fazer antes de embarcar. Tem um monte de exemplos dessas listas aqui na internet e vc pode achar com facilidade.
Dei essa introdução pra dizer que a nossa lista continua com um monte de coisas por fazer. Algumas aqui no Canadá, porque depois da chegada tudo é uma correria contra o tempo e a gente não pode deixar nada passar, outras ficaram no Brasil para alguma alma caridosa da família resolver, ou vão mesmo ficar no limbo esperando uma viagem de férias ainda não programada.
Meu último dia útil no Brasil foi dedicado ao advogado que tratará do meu processo contra a PUC, pois terminei minha Pós-Graduação em Janeiro de 2007 e até agora nada de diploma.
Vende o carro, aluga a casa, vende a moto, organiza toda a papelada que vai, organiza toda a papelada que fica. Faz dezenas de reuniões com a família para matar antecipadamente as saudades e para explicar como ficarão as contas que ainda estarão para vencer: plano de saúde, previdência privada, fechar conta em banco, cancelar cartão de crédito, UFA!
Fora isso, muita arrumação de mala, seguida de re-arrumação de mala, redistribuição de bagagem, pesagem de mala, essas coisas básicas que todo mundo que já se mudou com a vida dentro de seis pacotes pode contar.
E as despedidas, que foram tantas e ainda assim tão poucas pra poder caber todo mundo que a gente queria abraçar antes de viajar. Foi mais de uma mês em que os fins de semana sempre estavam ocupados aqui e ali com encontros para a gente se despedir. Até o último dia tivemos visitas para abraços de última hora. Muito bom reencontrar essa gente toda! Pena que vamos ficar tanto tempo sem vê-los.
Mas a correria é sempre recompensada pela sensação de estar fazendo a coisa certa. Sem essa de deixar o Brasil pra trás, amo meu país e farei propaganda dele aonde for, mas não custa experimentar uma vida nova, com todos os desafios que isso pode trazer. Estamos tranquilos e confiantes.
Dei essa introdução pra dizer que a nossa lista continua com um monte de coisas por fazer. Algumas aqui no Canadá, porque depois da chegada tudo é uma correria contra o tempo e a gente não pode deixar nada passar, outras ficaram no Brasil para alguma alma caridosa da família resolver, ou vão mesmo ficar no limbo esperando uma viagem de férias ainda não programada.
Meu último dia útil no Brasil foi dedicado ao advogado que tratará do meu processo contra a PUC, pois terminei minha Pós-Graduação em Janeiro de 2007 e até agora nada de diploma.
Vende o carro, aluga a casa, vende a moto, organiza toda a papelada que vai, organiza toda a papelada que fica. Faz dezenas de reuniões com a família para matar antecipadamente as saudades e para explicar como ficarão as contas que ainda estarão para vencer: plano de saúde, previdência privada, fechar conta em banco, cancelar cartão de crédito, UFA!
Fora isso, muita arrumação de mala, seguida de re-arrumação de mala, redistribuição de bagagem, pesagem de mala, essas coisas básicas que todo mundo que já se mudou com a vida dentro de seis pacotes pode contar.
E as despedidas, que foram tantas e ainda assim tão poucas pra poder caber todo mundo que a gente queria abraçar antes de viajar. Foi mais de uma mês em que os fins de semana sempre estavam ocupados aqui e ali com encontros para a gente se despedir. Até o último dia tivemos visitas para abraços de última hora. Muito bom reencontrar essa gente toda! Pena que vamos ficar tanto tempo sem vê-los.
Mas a correria é sempre recompensada pela sensação de estar fazendo a coisa certa. Sem essa de deixar o Brasil pra trás, amo meu país e farei propaganda dele aonde for, mas não custa experimentar uma vida nova, com todos os desafios que isso pode trazer. Estamos tranquilos e confiantes.
Dá um friozinho na barriga...
Depois de quase um mês de ausência, tive que aparecer aqui para registrar o momento. Estamos nos preparando para deixar o Brasil.
Sempre vi as pessoas que passam por essa fase registrarem a correria que os últimos dias significam, mas só sabemos mesmo quando chega a nossa vez. Temos muita coisa para contar, mas depois, porque agora não teremos tempo para isso.
Quantas coisas queríamos fazer e não fizemos. Quantas pessoas pra abraçar e não tivemos oportunidade. Mas sempre teremos os amigos conosco, aqui ou lá na distante terra canadense.
Agora terminamos a parte mais fácil da nossa imigração: o processo, que demorou exatos 15 meses, chega ao fim e a angústia da espera é substituída pela ansiedade da incerteza que o Canadá representa nesse momento. Estamos confiantes, mas a única certeza que temos é que o Brasil é insubstituível em nossos corações e a adaptação à nova terra não depende te conseguirmos lá mais do que possuímos aqui, mas simplesmente de aprender a viver lá sem o que temos aqui.
Aos amigos, que nos apoiaram e que esperamos encontrar sempre, real ou virtualmente, deixo um abraço apertado e até a próxima, porque a melhor parte da despedida é a certeza do reencontro.
Abraços e até a volta.
Sempre vi as pessoas que passam por essa fase registrarem a correria que os últimos dias significam, mas só sabemos mesmo quando chega a nossa vez. Temos muita coisa para contar, mas depois, porque agora não teremos tempo para isso.
Quantas coisas queríamos fazer e não fizemos. Quantas pessoas pra abraçar e não tivemos oportunidade. Mas sempre teremos os amigos conosco, aqui ou lá na distante terra canadense.
Agora terminamos a parte mais fácil da nossa imigração: o processo, que demorou exatos 15 meses, chega ao fim e a angústia da espera é substituída pela ansiedade da incerteza que o Canadá representa nesse momento. Estamos confiantes, mas a única certeza que temos é que o Brasil é insubstituível em nossos corações e a adaptação à nova terra não depende te conseguirmos lá mais do que possuímos aqui, mas simplesmente de aprender a viver lá sem o que temos aqui.
Aos amigos, que nos apoiaram e que esperamos encontrar sempre, real ou virtualmente, deixo um abraço apertado e até a próxima, porque a melhor parte da despedida é a certeza do reencontro.
Abraços e até a volta.
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